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quarta-feira, 4 de março de 2015

Atlas Mundial dos Mangues

Atlas é a primeira avaliação global 
sobre manguezais depois de uma década.

Mangue na maré alta (Foto: Shigeyuki Baba) 

Mais de 100 experts, pesquisadores e organizações internacionais forneceram dados para um livro-relatório do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP) que trata sobre os aspectos biológicos e sociais que cercam os mangues.
Chamado de "Atlas Mangues do Mundo" - World Atlas of Mangroves (ou "Atlas Mundial dos Mangues", abordando uma tradução diferente), o livro é a primeira avaliação global sobre manguezais depois de mais de uma década. Os resultados revelam que esse tipo de vegetação continua a ser devastada a uma taxa de 3% a 4% (mais elevada que taxas de desmatamento em ecossistemas terrestres).
De acordo com a FAO (Organização de Agricultura e Alimentos da ONU), a destruição dos mangues foi de 35,600 km² entre 1980 e 2005. Embora não existam dimensões exatas de qual era a extensão da cobertura original dos mangues, existe um consenso global de que seria superior à 200 mil km² e que mais de 50 mil, ou o equivalente a um quarto da cobertura original, foi perdida como resultado de intervenção humana. A área global dos mangues atualmente é de 150 mil km², distribuídos em 123 países de regiões tropicais e sub tropicais.

Regiões onde há a presença de mangue (foto: Atlas Mundial dos Mangues)

 Embora essa perda já esteja diminuindo por esforços de conservacionistas e de restauração de alguns países, os autores do estudo alertam que a perpetuação de qualquer tipo de destruição exagerada, seja pela carcinicultura (técnica de criação de camarões em viveiros) ou pelo desenvolvimento urbano em áreas costeiras, causará impactos ecológicos e econômicos consideráveis. Alguns exemplos de iniciativas conservacionistas incluem novos mangues plantados por meio do incentivo de atividades de limpeza e remoção da poluição por países que possuem as maiores áreas de mangue do planeta, como Austrália 7%, Brasil 9% e Indonésia 21%.
Dr. Mark Spalding, membro da divisão de Estratégias para a conservação da "The Nature Conservancy" -  organização que trabalha parar proteger e restaurar áreas de mangue em 30 países - e um dos principais autores responsáveis pelo Atlas, coloca que "Florestas de mangue são a ilustração máxima do porquê o ser humano precisa da natureza. O livro detalha, em muitas partes, a extraordinária sinergia existente entre as pessoas e a floresta. As árvores provêm madeira resistente e produz um dos melhores tipo de carvão do mundo. Além disso, os mangues ajudam a prevenir a erosão e mitigar os estragos causados por ciclones e tsunamis, são as melhores defesas costeiras naturais, cuja importância aumentará quando o aumento do nível do mar se tornar uma realidade global".

Abaixo segue o link para o arquivo em pdf da versão do Atlas Mundial dos Mangues de 1997 (em inglês) 

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